terça-feira, 28 de setembro de 2010

Set the Controls for the Heart of the Sun

Palavras a mais são desnecessárias...



Letra:

Little by little the night turns around
Counting the leaves which tremble at down
Lotuses lean on each other in yearning
Under the leaves the swallow is resting
Set the controls for the heart of the sun


Over the mountain, watching the watcher
Breaking the darkness, waking the grapevine
Knowledge of love is knowledge of shadow
Love is the shadow that ripens the wine
Set the controls for the heart of the sun


Witness the man who raves at the wall
Making the shape of his questions to heaven
Whether the sun will fall in the evening
Will he remember the lessons of giving?
Set the controls for the heart of the sun


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... Ou não.


Essa música me leva a uma atmosfera muito singular. Me permite refletir e pensar de uma forma indescritível. A vejo como uma análise da vida em todos os seus aspectos. Deixarei o resto das conclusões para o leitor.

Debaixo do céu

Não ando muito criativo ultimamente...


Mas relendo alguns escritos antigos encontrei, no meu diário, o texto abaixo, de 19 de julho de 2009, que acredito valer a pena compartilhar.


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19 de Julho de 2009 - Domingo / 20 de Julho de 2009 - Segunda-feira


    Voando pelo universo numa esfera chamda Terra...
    Eu não ia escrever hoje. Sono preguiça, desinteresse estão entre os motivos. Ando apenas vivendo ultimamente. Há mais de um ano me propus a registrar aqui minhas reflexões - acho que nunca o fiz. Perdi meu tempo e meu pensamento valorizando coisas tão supérfluas e efêmeras que até mesmo me envergonho. Me pergunto se não tenho feito somente isso durante toda a minha vida.
    Passam de meia-noite e dez. Vejo através das grades da janela uma Mutum adormecida sob o gentil carinho da chuva. Não sei o motivo, mas chuvas sempre me inspiram... me trazem pensamentos confusos e reflexões que parecem sem resposta. Sob esse negro céu, sentado na copa ao lado da janela, tenho mil coisas na cabeça e uma lapiseira na mão que tenta arduamente traduzí-las em palavras. Sou apenas um pequeno ponto na superfície desta Terra, dessa nave que me carrega velozmente por um universo tão maior que si. Como sou pequeno! Como sou imaturo! Como posso viver, ás vezes, tão alheio a isso?
    Há 19 anos e alguns meses respiro incessantemente, cada vez mais próximo do último inspirar. Memórias tenras de minha infância se acomodam ao lado de planos e objetivos para meu futuro nessa caminhada que ainda não me levou a nada além de uma incessante dor nos pés. Qual o motivo disso? O que me leva a dar sempre o próximo passo? ...
    Os pensamentos começam a turvar-se em minha mente agora. Penso no hedonismo, na efemeridade das coisas. Deve haver um sentido para tudo, além do que é tangível. Quem sabe? Ah! Pessoas ... são tão idênticas em suas características e, ainda assim, tão singulares...
    Espero organizar melhor minhas idéias... talvez chegar a alguma conclusão... talvez apenas a uma verborréia sem muito sentido após um filme sobre vidas sofridas... ou nada.
   Me falta sabedoria (e inspiração).

Chuvas me inspiram

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Talvez nem fosse necessário dizer que eu não via muitas perspectivas naquele dia. Tinha um olhar sobre o mundo como um grande sistema perfeito do qual sou apenas uma pequena parte. Ainda consigo ver as coisas dessa maneira, mas já de forma mais madura. Talvez ainda trate disso em algum texto. Ah, não me lembro do filme que tinha assistido!

domingo, 12 de setembro de 2010

Whispering wind

Sabem de uma verdade?

A vida fora de uma ilusão ou dentro dela é a mesma coisa.

A felicidade vem e vai, em momentos em que nos inundamos em boas coisas, alternados com aqueles em que uma amarga tristeza se apossa da imensidão de nossos pensamentos.

Isso acontece com cada pessoa que respira nesse planeta.

Não existe amor total e eterno.

Não há felicidade completa e plena.

Isso são ilusões lindas que criam e muitos abraçam e afundam nelas suas mentes por completo.

"Mesmo um pássaro iria querer provar o gosto da sujeira do abissal escuro.


Você está nervoso com os seus muros? Ou ainda esperando que alguma força desconhecida concerte as coisas por você?


Não sabe sobre a mudança de temperatura?"

Eu não gosto de viver assim.

Eu gosto de buscar minhas realizações usando meus pés, meus olhos, meus braços; ao invés de simplesmente adotar um conjunto de regras e conceitos pré-históricos que, no seu cerne, não têm o menor sentido.

Eu gosto de sentir que meu futuro é maleável às minhas escolhas conscientes agora e, dessa forma, me sinto vivo.

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Palavras ao vento, que foram sopradas quase que involuntariamente pra fora de minha consiência nesse domingo à noite. Trechos em itálico retirados da música "Of moons, birds and monsters", da banda MGMT.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ébrios

Dia da independência.

É incrível como a independência é um bem subestimado.

Fico pasmo quando percebo a frequência com que muitas pessoas preferem que coisas externas a si tomem suas decisões e as influencie. Me parece que, para a grande maioria, perceber as minúcias das situações é um feito que beira o impossível. Vivem com um padrão de comportamento que praticamente não varia nunca.

São escravos de suas próprias vontades instintivas. Vivem idealizando um mundo surreal, no medo de ver que o palpável é muito diferente do seus sonhos infantis. Vivem consumindo um modo de vida falso vendido pelos meios de comunicação. Se escondem por trás de títulos socialmente louvados, mas sem eles não passam de alguém vazio. Abraçam ilusões. São incapazes de mudar justamente porque não percebem a mecanicidade de seu comportamento. Não notam que se fazem voluntariamente fantoches de um sistema (não apenas financeiro, de vida).

Ainda se enganam, pensando viver a mais inédita das existências. Se preocupando com fatos sem importância, pensando que o mundo é apenas aquilo que pode ser visto de sua janela num bairro nobre (ou não) de uma cidade qualquer. A cegueira de tais pessoas é como uma névoa densa em que se afogam mais a cada dia. Sua euforia com a idiotice chega a me provocar um leve riso, ao passo que sua apatia quanto a realidade me dá ânsia de vômito.

Porque abrir os olhos se tornou uma tarefa tão difícil? Porque não vejo mais pessoas cuja mente não foi ainda escravizada pela preguiça de pensar por conta própria? O pior é saber que o número de indivíduos que se enquadra na descrição desse texto é exorbitante. Pensar, nessa sociedade miserável, é privilégio de poucos.